6 anos atrás · Denival Couto · 1 comentário
SÍNDROME DA URGÊNCIA, A INIMIGA DO LONGO PRAZO
O viés de urgência
Quando tudo parece urgente, tem um nome técnico – viés de urgência – esse viés de urgência também foi detectado em um experimento feito pela Amazon. Consistiu em distribuir duas tarefas para vários grupos de pessoas escolherem qual delas eles preferiam.
A primeira, uma tarefa independente e de curto prazo, deveria ser entregue no final de 5 minutos e dava um vale brinde de $ 20 para quem a fizesse
A segunda, uma tarefa de mais longo prazo que fazia parte de um grupo de tarefas mais abrangentes e que deveria ser entregue no final de 50 minutos e dava um vale brinde de $ 25.
Embora ambas as tarefas fossem de complexidade semelhante, grande parte dos integrantes de todos os grupos escolheram fazer a primeira. Assim, mesmo que a escolha de curto prazo recebesse somente $ 20, ela foi a preferida pela maioria dos participantes.
Com esse experimento os pesquisadores confirmaram que existe, na maioria de nós, um viés de urgência. Portanto, esse viés de urgência causador da síndrome da urgência é o que faz com que foquemos mais no curto que no longo prazo. Mesmo independente de sua prioridade ou importância.
Tarefas de curto prazo, além de mais fáceis e mais rápidas, são sempre vistas com as lentes do viés de urgência. Para a maioria das pessoas, mesmo algumas bem treinadas, urgência e mais importante que valor e importância!
Assim, as tarefas de longo prazo são sempre relegadas ao segundo plano. Mesmo sendo essenciais aos projetos e objetivos pessoais ou empresariais.
Seletividade na Produtividade Quando Tudo Parece Urgente
Esses pesquisadores concluíram que mesmos nos trabalhos mais simples e braçais o viés de urgência se faz presente.
Nas atividades mais complexas, mesmo as executadas por pessoas preparadas como altos executivos, esse viés também se faz presente.
Portanto, escrever e enviar um e-mail, sempre parecerá mais urgente que aprender as regras da boa escrita e da gramática.
Não é raro sacrificarmos valores maiores em prol do que, mesmo sem importância alguma, elegemos como tarefas urgentes.
Prioridades
Quando recebemos tarefas urgentes, das quais poderíamos declinar facilmente dizendo: – Não posso, não tenho tempo – esquecemos nossas prioridades e as aceitamos com relativa facilidade, muitas vezes por não saber falar não. (*) COMO DIZER NÃO, QUANDO NÃO QUISER DIZER SIM
Tarefas essenciais podem ser de curtíssimo, curto, médio ou longo prazo. Porém, quase sempre são de grande importância e merecem nossa prioridade. Enquanto tarefas ditas para ontem, quase sempre são tapa buracos e poderiam ser realizadas por qualquer um.
Na maioria das vezes elas são atividades do dia a dia e nem são tão importantes. Mas são levadas à categoria de urgentes, porque podem ser feitas fácil e rapidamente.
Além disso, estar muito ocupado traz a sensação de dever cumprido! Portanto, quando estamos ocupados, temos a impressão de que estamos realizando algo realmente importante e não nos sentimos culpados por abandonar tarefas mais importantes!
Em consequência da constatação acima, aprendemos a procrastinar. Pior! A procrastinar tarefas prioritárias nos ocupando de alternativas sem importância ou prioridade. Apenas porque atribuímos a elas uma urgência exagerada.
Desta forma, escolhemos estar ocupados em vez de desenvolver tarefas de longo prazo muito mais importantes. Portanto, sem os devidos cuidados, essas atividades sempre parecerão longínquas, pouco importantes e nada urgentes.
Portanto, estaremos sempre definindo muito mal as nossas prioridades.
Qual a Solução?
Somos treinados desde a mais tenra infância para dar maior importância ao imediato e as nossas necessidades do presente. Nosso cérebro cria atalhos para encurtar os caminhos e economizar energia. Assim, nossos processos de escolha do dia a dia tornam-se quase automatizados.
Portanto, na maioria das vezes, buscando o prazer e fugindo de possíveis dores… Temos a sensação de conforto e estabilidade quando nos ocupamos, mesmo que seja para fugir de responsabilidades maiores.
Para resolver os problemas causados pelo viés de urgência, temos três passos principais:
- Primeiro – Definir as atividades pelo seu valor. Sim! Se você olhar para frente visualizando o futuro, verá que cada atividade tem o seu valor. Portanto, você verá que a produtividade reside exatamente em definir as atividades pelo valor e pela sua importância. Nunca pela atividade em si ou pela sua real ou aparente urgência.
- Segundo – Com base no valor de cada atividade, devemos analisar os objetivos prioritários para o dia. Certamente, planejar seu dia segundo os objetivos mais importantes, vai ajuda-lo a manter o rumo durante sua jornada diária.
- Assim, devemos criar lembretes e cronogramas para não esquecer o que realmente é importante e produtivo. Além disso, isso ajuda a fazer escolhas melhores que não trarão culpas, ansiedade ou arrependimentos.
- Terceiro – Ordenar as tarefas pelo seu valor e prioridade em um cronograma a ser seguido. Certamente, se lembrarmos dos benefícios de longo prazo das tarefas de valor, certamente você esquecerá as míseras recompensas do imediatismo… E do conforto de estar sempre ocupado… E das tarefas fáceis e urgentes!…
… E se realmente forem urgentes você deverá redobrar os cuidados na análise de suas prioridades.
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Denival H Couto – Psicólogo e Terapeuta
CRP: 06-17.798-SP
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