7 anos atrás · Denival Couto · 2 Comentários
Quem sabe o que quer vai mais longe
Quem sabe o que quer vai mais longe! Essa é uma afirmação indubitável. Afinal, saber o que quer é o potencializador do foco e dos esforços em buscas das realizações.
Quem sabe o que quer vai mais longe – Mulheres indecisas
Eu sempre defendi a tese de que as mulheres tem um equipamento mental mais preparado para a vida que os homens. Já tive vários contratempos por pensar assim, mas vejamos se não tenho razão:
A mulher é mais observadora e enxerga mais coisas que os homens. Além disso, ela consegue fazer o que nenhum homem consegue: Pensar e falar enquanto ouve duas ou mais pessoas falando de assuntos diferentes. Já tive conversas com mulheres em lugares públicos, e observei que depois elas lembravam de tudo que combinamos em nossa conversa e ainda comentavam os assuntos, que as pessoas das mesas próximas a nossa estavam conversando.
Mas como dizem: “não existe almoço grátis!” Para compensar essa superioridade intelectual, elas possuem dois pequenos defeitos de “fabricação”, que acabam com essas vantagens que elas têm sobre os homens: a vaidade e a indecisão. Não estou dizendo que todas as mulheres sejam vaidosas e indecisas, há exceções que confirmam a regra, apenas a maioria delas.
Observem, as poucas mulheres decididas, mesmo que vaidosas, obtém muito sucesso em qualquer profissão ou carreira que escolham seguir. Essas mulheres decididas, colocam toda sua capacidade intelectual no que fazem e sempre obtém um sucesso estrondoso!
Infelizmente a maioria delas têm dificuldades até para escolher com que roupa vão à casa da amiga, ou muito menos, qual dos 10 jeans – quase todos iguais – que ela experimentou na loja será o que ela vai comprar. Isso sem contar as dificuldades de escolha que a vaidade impõe: que cor de batom usar? Que sapato entre os 10 que combinam com aquela roupa, combina mais? E por ai vai…
Quem sabe o que quer vai mais longe – Homens indecisos
Claro que existem homens indecisos. E muitos! Porém em número muito menor que entre as mulheres. Citando, mais uma vez, Kierkegaard: “O homem decidido é um homem limitado” (vale também para mulheres), limitado a apenas uma escolha, decidida entre as varias alternativas. Só que para se decidir entre muitas opções, se faz necessário algumas premissas básicas – entre elas as mais preponderantes são: planejamento estratégico, objetivos claros e definidos, conhecimento de causa e efeito de cada opção de escolha que se apresenta, além de outras…
Autoimagem clara e definida
Porém, o mais importante para saber o que queremos é ter uma autoimagem clara e a mais realista possível. É preciso saber quem somos e o que almejamos ser. Onde estamos e para onde queremos ir. De nada adianta tomar decisões baseadas em desejos momentâneos e daí a 15 minutos mudar de ideia saindo por algum viés que serve de desculpa. É pura perda de tempo.
Para saber o que quer é preciso conhecer as necessidades mais profundas para tentar satisfaze-las ou reconhece-las impossível. Mas não é fácil! Lembram da fábula onde a raposa após varias tentativas de apanhar o cacho de uvas madurinhas, mas que ela não alcançava, pois estavam muito no alto da parreira? Quando ela, frustrada por não conseguir apanha-las, desistiu dele e inventou uma desculpa para si mesma: aquelas uvas estavam verdes!
É o mesmo que acontece quando queremos coisas difíceis de alcançar. É o que acontece com os projetos de mudança de final de ano, no ano seguinte, na medida que vão se tornando difíceis de alcançar, começamos com as desculpas: -não era importante – isso não vai fazer diferença – acho que eu não queria mesmo – e por ai afora…
Mas ainda tem coisa pior. É quando consegue-se atingir o objetivo e percebe-se que não trouxe nenhuma satisfação. Mesmo que no momento da escolha parecesse importante, quando finalmente conseguido, percebeu-se que não tinha nenhuma importância. Foi fruto de um modismo ou de um desejo influenciado pelo que os outros valorizam, mas que no final se mostra sem nenhuma importância.
Que beco sem saída, hein?
Mas tem solução
Reconheço que o conselho acima está parecido com a maioria dos livros de auto ajuda: fácil de ensinar, difícil de aprender! Tal conselho pode até acabar piorando as coisas pois parece tão fácil!… Então como não consigo fazer? …
Entretanto, embora isso pareça pouco prejudicial, não o é. Quando não conseguimos fazer alguma coisa que parece fácil, nos depreciamos e nos reconhecemos como incompetentes… Assim, nossa autoestima pode cair consideravelmente.
Entretanto, embora possa parecer que estou trabalhando em causa própria, a solução pode estar em uma boa terapia. ela poderá levar o paciente a se conhecer melhor e, principalmente, no processo, o paciente vai se livrando de seus traumas, medos, conflitos, transtornos, fobias, etc.
Assim, ao mesmo tempo vai fortalecendo a autoconfiança, obterá uma autoimagem melhor. Portanto, a autoestima sobe.
Quem sabe o que quer vai mais longe – A historia de João
A Infância de João
A família de João era ele, sua mãe e sua irmã 8 anos mais velha que ele. Sua irmã sempre o tratava como uma criança que só servia para atrapalhar a vida dela. A mãe de João trabalhava em dois empregos e quando chegava em casa João já estava dormindo. No dia seguinte, ela saia cedo, logo depois de deixar o café dele pronto. Mal tinha tempo de acorda-lo e já ia embora para o primeiro emprego…
Seus colegas de escola faziam bullying com ele, por acha-lo bobo e sem graça. Não conseguira fazer nem um amigo de verdade na escola durante todos os anos em que frequentou. Quando alguém se aproximava dele, normalmente era para abusar de sua ingenuidade, fazendo-o prestar favores a troco de nada. Porém, ele fazia de bom grado para obter alguma aprovação deles. Entretanto, logo descobria que o intuito do outro era apenas aproveitar de sua subserviência.
Na Vida Adulta
Cresceu assim e se tornou um homem ensimesmado, sem coragem, fraco e tímido. Incapaz de se enturmar em qualquer grupo onde quer que estivesse. Além disso, considerava-se um sub-humano, um produto inferior da raça. Não se achava merecedor de nenhum amor ou respeito dos outros.
Aos 24 anos procurou psicoterapia e encorajado pelo terapeuta, se encheu de ânimo e começou a falar. Contou como fora sua infância e adolescência, disse que não havia nada nele de que ele pudesse se orgulhar.
Lá pelo final da sessão ouviu do terapeuta: – “Claro que você nunca teve chance de gostar de você mesmo ou se aceitar, João. As pessoas mais próximas e das quais você mais gostava, nunca demonstraram nenhum amor ou respeito por você. Como os estranhos poderiam faze-lo? Como você poderia saber o que era isso. Como? Se você nunca recebeu carinho das pessoas que deveriam dá-lo a você? daí você desenvolveu a ideia de que não era merecedor… ”
A Descoberta
Naquele momento João sentiu um grande alívio. Naquele exato momento ele pensou: – “Então a culpa não é minha?! Talvez eu possa melhorar…”
Aquela intervenção do terapeuta fez com que João começasse a se livrar da culpa que carregava por sentir-se o responsável por ser tão inferior… E descobriu que se não era culpa dele ele poderia “dar a volta por cima”… Melhorar, tornar-se um ser humano de verdade! Alguém merecedor de amor, amizade e respeito…
Naquele exato momento sua autoimagem e autoaceitação melhoraram, se não consideravelmente, pelo menos um pouquinho! Mas naquele exato momento ele começou a perceber a importância de entender seu processo de formação. Finalmente ele enxergou a possibilidade de vir a ser uma pessoa de verdade!
João começou a acreditar que era possível mudar, e isso era exatamente o que ele queria… Tinha certeza que aquilo era só um começo, mas ele conseguiria porque agora ele sabia exatamente o que ele queria…
Terapeutica Incorreta
Anteriormente João já havia contado a mesma historia para alguns parentes e amigos. Porém, elas haviam se indignado tanto com o tratamento recebido por João, que imediatamente começaram a lhe dar conselhos! Achavam que ele que não deveria ligar para aquelas pessoas, pois elas não eram merecedoras de atenção…
Só que eles não percebiam que João realmente se sentia culpado e pensava diferente: “Eles não são culpados, a culpa é minha”.
É assim que funciona…
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Denival H Couto – Psicólogo e Terapeuta – CRP.: 06-17798-São Paulo
Tags: amor, autoestima, Autoimagem, Homens indecisos, Mulheres indecisas Categorias: Auto Conhecimento
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