7 anos atrás · Denival Couto · 1 comentário

Quando tiver medo do futuro…

Quando tiver medo do futuro, talvez seja um sinal para começar as mudanças…

Neste artigo você irá conhecer…

• Como pode ser o futuro.

• Devemos nos preocupar ou não, com o futuro.

• O medo do futuro.

• Do que depende o futuro.

• Como preparar o futuro.

• Fatores que mudam o futuro.

“Algumas pessoas seguem na vida como um rio, desviando-se de todos os obstáculos e indo na direção possível, mesmo levando muito mais tempo e esforço. Outras seguem como um trator, abrindo caminho à força…
Talvez um equilíbrio entre as duas formas de vida, ainda seja a melhor estratégia.”

Como pode ser o futuro

Eu costumo comparar o futuro com uma estrada escolhida de acordo com os objetivos de chegada. Como toda estrada ela está cheia de entradas e saídas. Alguns viajantes, escolhidos ou não, nos farão companhia e aos outros. Há os que adentram à estrada e os que já estavam nela. Alguns nos seguem, seguimos outros, muitos passam por nós rapidamente…  E outros deixamos para trás.

Assim como em todas as estradas, esta também está cheia de placas regulatórias e indicativas de direção, velocidade, regulamentos e propagandas.

Além disso, existem paradas obrigatórias, pedágios e congestionamentos. Não faltam também, à beira das estradas, os pontos de reabastecimento, postos de combustível, restaurantes, lanchonetes, mecânicos e outros serviços auxiliares.

Outra coisa muito interessante nas estradas é que elas são diferentes a cada pedaço que se trafega. Nenhum quilometro é igual ao outro.

Assim, a cada momento uma placa, uma indicação, um acidente, um congestionamento ou um cruzamento, pode ajudar ou prejudicar o percurso.

Assim é o futuro

Podemos dizer que o futuro é, de modo figurado, exatamente isso, uma estrada muito longa na qual estamos sujeitos aos mais diversos acontecimentos.

Certamente, teremos incidentes, acidentes e erros de percurso, enfim, a todo tipo de surpresa, as que devemos esperar e outras que talvez nunca poderíamos esperar!

Tudo dependerá do nosso modo de dirigir, do conhecimento que temos e do quanto estamos preparados para seguir viagem… E, principalmente, da certeza que tivermos de onde queremos chegar.

Devemos nos preocupar ou não, com o futuro

Preocupar? jamais! Preocupação produz ansiedade, medo, paralisação e fuga. O que é preciso são objetivos e objetividade.

Sabedoria se adquire com erros, acertos, filosofia e estudos, enquanto competência se adquire com conhecimento de causa, persistência, muito trabalho e sabedoria.

Malcolm Gladwell, demonstra em seu livro: (Fora de Série (Outliers) 2008), que para ser um gênio no que fazemos, precisamos de no mínimo, 10.000 horas de trabalho e preparação.

Bruce Lee, lutador e ator chinês dos anos 70, confirma a afirmação de Malcolm Gladwell:

“Eu não temo o homem que praticou 10.000 chutes, eu temo o homem que praticou o mesmo chute 10.000 vezes”.

Escolhas Erradas

O futuro se torna preocupante, apenas quando fazemos escolhas erradas, principalmente as escolhas principais da vida. Muitas vezes, futuros difíceis são escolhidos e sonhados. Porém, estes exigirão esforços sobre humanos, sacrifícios impossíveis e realizações improváveis.

Entretanto, para minimizar essas dificuldades, se faz necessário colocar os objetivos entre o hoje e o objetivo principal no futuro. Assim, podemos avalia-lo quanto as possibilidades e viabilidade e, como se fosse uma escada, ir subindo degrau a degrau até alcançar o objetivo final.

Mesmo assim, existem objetivos que são quase impossíveis. Por exemplo:

Certamente, um garoto descendente de pessoas de estatura pequena, teria grandes dificuldades de realização se decidisse ser um atacante em um time de basquetebol, vôlei ou qualquer outro esporte que exige estatura média de dois metros de altura para os atacantes.

Em seu livro, “O melhor do Mundo”, Seth Godin procura ensinar como escolher o futuro com realismo. Sua receita é a seguinte – reconhecer a melhor opção quando estamos diante de uma situação onde devemos escolher investir, ou em outra na qual devemos escolher desistir e ter a oportunidade de ser “o melhor do mundo” em outra coisa.

O medo do futuro

Pessoas gastam muito tempo se preocupando com o futuro ao invés de investir no futuro. Preocupações causam sentimentos e emoções pouco produtivas como ansiedade exagerada, humor cíclico, medo, apreensão, negação, fuga, hesitação e tudo mais que ocupa muito tempo na mente e retarda a ação. Investir no futuro é se preparar para ele e isso demanda muito sacrifício, renúncia, disciplina e coragem para encarar mudanças.

Meu avô irlandês dizia: “O tempo, que é o melhor remédio pra tudo, também é o nosso pior inimigo! Ele fatalmente vai acabar conosco”. A tendência é sempre entender essa frase como: com o passar do tempo nossa vida chega ao fim. Porém, não é só isso. O tempo ou a perda dele, mesmo que por um curto espaço de tempo, pode causar prejuízos diretos e também muita ansiedade. A ansiedade causa medo, fobias, síndrome do pânico, ejaculação precoce, frigidez e outros transtornos mentais conhecidos e altamente danosos.

Do que depende o futuro

Em primeiro lugar, quero novamente lembrar que a estrada do futuro é formada por semi retas, curvas, subidas e descidas, a cada ponto que se percorre podemos ter diferentes acontecimentos, visões, barreiras, oportunidades… E tudo isso é extremamente mutável, depende de nossas escolhas, voluntárias, involuntárias, induzidas ou obrigatórias feitas ao longo do trecho que já se viajou.

Sendo assim, pode ser que acontecimentos para daqui a 5 ou 50 anos, dependam diretamente das nossas escolhas de hoje, de amanhã ou de qualquer momento, antes dos prazos acima. Cada escolha, ação, reação que se faz no presente, influenciarão todos os momentos seguintes. Voltar atrás, refazer decisões, arrependimentos e outras correções, também influenciarão o futuro.

Então, podemos dizer que:

1. Quanto mais consciente e elaborada forem as escolhas nos diversos “momentos presentes”, em cada ponto da estrada do futuro diante dos fatos e eventos ocorridos, mais precisos e previsíveis serão os resultados esperados.

2. O inverso também é verdadeiro, quanto mais impulsiva forem as escolhas, a cada momento presente, menos previsíveis e imprecisos serão os resultados esperados para o futuro.

3. Quanto mais preparados para reconhecer, fazer e assumir as escolhas certas que os caminhos apresentam e persistir nas metas, maior será a eficácia em atingir os objetivos. Sejam de que tamanho eles forem.

4. O inverso também é verdadeiro, quanto menos preparados e quanto menos realistas, alcançáveis, significativas e temporais forem as metas, diminuirão as possibilidades de escolhas que levarão ao sucesso.

5. Dentro de um projeto de vida, muitas vezes é difícil distinguir as escolhas certas das erradas, mas cada uma traz suas consequências. Escolhas devem corretas, são aquelas que fazem parte de objetivos traçados e planejados – Escolher ficar rico é um sonho que pode se tornar realidade ou não, pode depender inteiramente da escolha/decisão de começar a poupar boa parte dos ganhos atuais e futuros. Investir e reinvestir todo mês essas economias, também é essencial. Não dará certo se simplesmente decidir gastar tudo com futilidades.

Como preparar o futuro

Existe uma propaganda de vitaminas que diz: “querer morar fora é sonho, começar aprender o novo idioma é planejamento”.

“Sonhar não custa nada” é uma afirmação falsa! Sonhar custa tempo e sonhos sem ação é perda de tempo. Porém, planejar e persistir em metas realistas e alcançáveis, exige preparo, esforço e competência naquilo que se decidiu escolher. Planejamento, metas e um passo de cada vez, não é uma receita infalível, porém, é mais provável que dê certo do que ganhar nas loterias ou receber uma herança inesperada.

Fatores que mudam o futuro

Para melhor: Garra, dedicação, comprometimento, preparo, planejamento, terapia, esforço, preparação, conhecimento, informação, objetivos claros, criatividade, metas, etc.

Para pior: Imediatismo, preguiça, acomodação, imaturidade, negação, falta de preparo, falta de objetivos claros, pouca criatividade, medo de ariscar, acomodação, etc.

As pressões por prazos para cumprir tarefas, entregar resultados, trabalhos e outras obrigações, não só, mas também pela escassez de tempo, levam à escolhas precipitadas e, muitas vezes, a caminhos errados.

Por muitos e inumeráveis motivos, o medo futuro causa muita ansiedade. Nossa cultura e costumes arraigados, também não ajudam muito. No inicio da vida estuda-se por obrigação e, até a escolha da faculdade ou do curso a fazer, muitas vezes é feita atendendo expectativas alheias ou comodidades, sem levar em conta que aquela profissão poderá não mais existir num futuro próximo neste mundo cada vez mais mutante.

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Denival H Couto – Psicólogo e Terapeuta – CRP-SP 06/17.798.

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