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O amor – o que é e como funciona

7 anos atrás · · 1 comentário

O amor – o que é e como funciona

O que é o amor?

O que é o amor? Uma pergunta corriqueira de difícil resposta.

“Podes ser apenas uma pessoa para o mundo, porém, para uma pessoa, você é o mundo!”
Gabriel Garcia Marques – Escritor

Esta é uma pergunta recorrente na maioria das rodas de bate papo! As respostas são inúmeras e as explicações as mais diversas:

As pessoas:

  • Estapafúrdias: É uma química que acontece entre duas pessoas.
  • Simplistas: O amor acontece, não tem explicação!
  • Infantis: O amor é uma flor roxa que nasce nos corações dos trouxas.
  • A mais romântica: O amor é o sentimento mais nobre e lindo que acontece entre duas pessoas!
  • Os incrédulos: O amor é como político honesto, sabemos que eles existem, só não sabemos onde.

Enfim, poderíamos ficar aqui por muito e muito tempo definindo o amor conforme as diversas explicações.  Assim,  as trocas de opinião divergem muito, certamente,  depende do local onde eles acontecem – num barzinho, numa roda de amigos em casa, ou em situações específicas como quando o relacionamento termina.

Mas, o que seria o amor entre duas pessoas?

Segundo explicações um pouco mais técnicas encontradas entre os eruditos no assunto, filósofos, psicólogos, sociólogos e antropólogos, o amor é um sentimento calmo, tranquilo, suave e muito bom de sentir. Vez em quando se agita um pouco pelo ciúme ─ eu disse de vez em quando!

Portanto, o ciúme exagerado faz parte de outro sentimento que se chama sentimento de posse. Entretanto, sabemos que  o amor não é apenas uma questão posse, está muito além disso. Necessariamente, envolve outros bons sentimentos.

Assim, numa tentativa de analisar o amor entre casais mais tecnicamente, eu ousaria dizer que ele tem muito a ver com a libido sexual. Mas também com atração mútua, com expectativas de modo de vida e até mesmo com o instinto de sobrevivência, conservação da espécie.

Similarmente, tem muito a ver com heranças atávicas (herança da espécie) e, principalmente, com sentimentos positivos que sentimos pelo outro.

Entretanto, não podemos esquecer que estamos falando de sentimentos. Mesmo que respeito, conhecimento e cumplicidade sejam importantes como qualidades pessoais, eles podem ser apenas uma meta de caráter ou profissional, não sendo necessariamente sentimentos.

Vamos ver então do que é formado o amor… Em ordem hierárquica:

Respeito

Certamente, sem respeito é impossível existir amor. Respeito, neste caso, pode ser definido como aceitar o outro sem impor suas condições. É voluntariamente se adequar a você e ao modo de vida que escolheram viver juntos. Aceitar as diferenças ideológicas, sociais, esportivas, culturais e familiares. Nunca esquecer que o homem não é uma mulher do sexo masculino, portanto, nunca vai gostar do que as mulheres gostam.

Seus ideais muitas vezes são opostos aos das mulheres, por exemplo: Ser bom no futebol, ter salário maior do que o da mulher (os mais antigos), É também não esquecer que a mulher também não é um homem do sexo feminino e que ela tem suas idiossincrasias (maneiras próprias de ser), de modo que seus valores e motivações podem ser muito diferentes dos valores e motivações masculinos!

Conhecimento

Ninguém ama a quem não conhece. Aquela paixãozinha inicial, que pode acabar em amor, acontece quando começamos a conhecer o outro. Nossos motivos inconscientes nos levam a complementar de forma positiva as coisas agradáveis e até algumas coisas desagradáveis que o outro começou a mostrar no primeiro ou segundo encontro.

O conhecimento é essencial para compreendermos a pessoa amada e para nos adaptarmos a ela. É muito importante que o outro veja seu ‘parceiro ou sua parceira da forma que ele ou ela realmente é, para que haja aproximação e amor. Mas, fique atento! As vezes projetamos nossas próprias expectativas e vemos no outro aquilo que apenas queremos ver, não necessariamente aquilo que é a verdade.

Cumplicidade no amor

A cumplicidade, como sentimento, é o que faz com que pessoas totalmente diferentes, sintam que os principais objetivos de ambos são comuns ou complementares. A cumplicidade é a grande responsável pela atração pessoal.

Não é preciso ler os pensamentos da outra pessoa, porém, entender seus motivos ocultos ou expressos, pode ajudar muito o casal. É importante perceber que duas pessoas quando se juntam e se amam, têm como ponto de partida e de agregação, a cumplicidade e o desejo de seguir o mesmo caminho. Não dá para imaginar duas pessoas estarem juntas, com cada uma indo para um lado diferente. A separação é inevitável! É Apenas uma questão de tempo.

Admiração e Atração

A atração é dos mais importantes sentimentos! Ele é um somatório dos três primeiros sentimentos aqui descritos. Entretanto, ninguém pode negar que podemos ter os três sentimentos anteriormente descritos, e sentirmos apenas uma grande amizade pela outra pessoa, até mesmo amá-la como a um amigo, irmão ou irmã, nunca sendo um amor de casal!

A atração mantém as pessoas juntas, a atração pressupõe admiração pelo outro. É a admiração, juntamente com a atração, que traz acoplada toda a força da libido sexual, do instinto de sobrevivência e de conservação da espécie.

Acima de tudo, precisamos aceitar e ser aceito pelos nossos pares e, principalmente, cuidando da manutenção dos sentimentos de respeito, conhecimento, cumplicidade e esperança.

Esperança de amor

Esperança. A esperança move o mundo e as pessoas! Quando se perde a esperança, perde-se tudo! Todos os sentimentos nobres do ser humano desaparecem: amor, dignidade, autoestima, aceitação de si mesmo etc.

Então, sobram apenas a depressão e os sentimentos de culpa e de arrependimento. Embora o perdão seja sublime, o arrependimento é terrível e com ele podem vir todos os sentimentos ruins para a espécie humana. Não é que não devamos nos arrepender de nada. O que não devemos é fazer coisas das quais venhamos a nos arrepender.

A esperança gera confiança e nos faz ver as “qualidades” que projetamos no outro, mesmo que sejam qualidades inexistentes. Mesmo que seja  apenas projetadas pelos nossos sentimentos e pela vontade que temos de ver o outro perfeito!

Se precisarem de ajuda, procure-nos. Terapia individual e de casal.

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Denival Couto – psicólogo e terapeuta

CRP – 06-17.798 – SP

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Denival Couto

Denival Couto

Denival Couto; Psicólogo e Terapeuta, formado em 1980, iniciou sua atuação clínica em 1983. Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental, Processual e na abordagem Fenomenológica Existencial. Possui vários cursos de especialização e pós graduações, inclusive em Propaganda e Marketing.

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