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4 anos atrás · · 0 comentários

Mudando o que devemos mudar

Existem várias maneiras de mudar o que queremos, podemos e devemos mudar.. Como escolher a melhor alternativa para cada caso.

Mudando o que devemos mudar - pessoa deslumbranda com a mudança que vê

Mudando o que devemos mudar – Photo by James Resly on Unsplash

Como mudar o que devemos mudar

Mudar tudo que podemos e devemos mudar é um dos mais preciosos conselhos dos estoicos. Porém, há várias formas de fazer isso.

Entretanto, nunca devemos esquecer que, segundo Kahneman (1), “a dor da perda é duas vezes maior que a alegria do ganho”. Portanto, teremos sempre que avaliar nossas escolhas.

Por exemplo: No metro cheio pela manhã, uma pessoa se aproxima tanto de você que chega a empurra-lo e incomoda-lo. Claro que esta é uma situação que deve ser mudada de forma a restabelecer o seu conforto.

Porém, existem várias formas de resolver essa situação, ou seja, podemos escolher entre as menos e as mais agressivas.

Portanto, você poderia afastar-se dessa pessoa e assim restabelecer o seu espaço. Mas também, poderia mudar de lugar indo mais para dentro do corredor. Uma terceira hipótese um tanto mais agressiva seria empurrar essa pessoa de forma suave para que ela saísse de perto de você.

Entretanto, você poderia escolher uma alternativa ainda mais agressiva – Empurra-la de forma agressiva de modo que ela percebesse que estava incomodando e permanecesse longe.

Porém, há uma lei universal que diz que: “Para cada ação existe uma reação”. Portanto cada uma das escolhas acima traria melhorias na sua viagem ou consequências próprias de sua atitude.

Também, existe uma citação antiga que diz: “todo prazer tem um preço” ou ainda: “Todo prazer pressupõe uma dor”, para cada uma das suas atitudes, mesmo se pensada e feita de forma consciente, sempre teria um preço a pagar.

Mudando o que devemos mudar – Analisando as duas primeiras alternativas

Nas duas primeiras alternativas, se você tivesse em um dia ruim (difícil não sentir o dia ruim quando se está dentro de um metro lotado), talvez você sentisse uma ligeira frustração por não ter tomado uma atitude mais dura. Nesse caso, sua frustração estaria dizendo que o melhor comportamento era ensinar aquele mal educado a ter modos.

Analisando as alternativas mais agressivas

Nas outras duas situações, a menos que você seja uma pessoa que gosta de brigas, a dor e o arrependimento viriam bem rápido pelo vexame de uma discussão ou coisa pior, dentro de um ambiente público com pessoas das mais diversas opiniões e que, certamente, alguns iriam julga-lo de forma negativa.

Antes de mudar qualquer coisa verifique se deve mudar ou se é você quem precisa  aceitar e mudar-se

Eu gostaria de deixar claro, que mesmo quando podemos e queremos mudar, algumas vezes, será preciso aceitar aquilo como algo que você não pode mudar e fazer a mudança em você mesmo! Essa talvez seja a parte mais importante para seguir a regra estoica.

Assim, nos dois primeiro casos, se eu não ACEITASSE a situação como algo normal e que, portanto, eu deveria modifica-la por mim mesmo. Então, quando eu me afastasse ou mudasse de lugar, eu me sentiria injustiçado e frustrado com mina atitude e isso iria pioram o meu dia.

Portanto, quando faço a mudança em mim mesmo, seja no meu posicionamento ou na minha atitude, primeiro preciso aceitar o fato de que eu devo mudar.

Nos últimos dois casos,onde não houve aceitação é que podemos observar como a forma de mudar, coisas ou situações, dependendo da escolha de como faze-lo,  podem ter consequências mais desastrosas, ou menos ruins.

Além disso, existe uma questão a ser considerada. São Francisco de Assis em sua oração idêntica a citação estoica, acrescentou um adendo importante – sabedoria – ele também pedia sabedoria para saber a diferença de uma coisa da outra. Só com muita sabedoria podemos diferenciar o que devemos MUDAR e o que devemos ACEITAR.

Entretanto, acrescentaremos uma pergunta – como mudar? – A forma de como devemos mudar é de extrema importância e jamais deve ser esquecida. Assim, seguiremos em frente mudando o que devemos mudar.

         “O necessário para mudar uma pessoa é mudar sua consciência de si mesma” – Abraham Maslow – Psicólogo americano.

 

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Referências bibliográficas:

Rápido e devagar: duas formas de pensar, (2012), Daniel Kahneman, Editora Objetiva, página 346 a 359.

Denival H Couto – Psicólogo e Terapeuta – Inscrito no Conselho Regional de Psicologia do Estado de São Paulo, sob o No. 06/17.798.

Categorias: Auto Conhecimento

Denival Couto

Denival Couto

Denival Couto; Psicólogo e Terapeuta, formado em 1980, iniciou sua atuação clínica em 1983. Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental, Processual e na abordagem Fenomenológica Existencial. Possui vários cursos de especialização e pós graduações, inclusive em Propaganda e Marketing.

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