6 anos atrás · Denival Couto · 1 comentário
Autoestima, seu bem-estar depende dela
Autoimagem
Antes de começar a falar de autoestima, em primeiro lugar, vamos falar um pouco de autoimagem. Autoimagem é a avaliação perceptiva, despida de valor, que fazemos de nós mesmos.
Todos os seres humanos tem visão de si mesmo, alguns de forma clara e completa, outros de forma menos esclarecida. A essa visão de si mesmo, apenas de forma perceptiva e sem nenhuma atribuição de valor ou julgamento, chamamos de autoimagem.
Entretanto, podemos garantir que essa imagem que fazemos de nós mesmos não é a imagem real do que somos. Há uma tese defendida por várias correntes psicológicas, que diz que na realidade somos, pelo menos três pessoas diferentes:
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A pessoa que pensamos ser
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As pessoas que os outros pensam que somos (pode ser mais de uma)
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A verdadeira pessoa que somos, que é diferente das duas outras acima.
Uma definição simplificada de autoestima
Autoestima é a avaliação subjetiva que fazemos de nós mesmos (de nossa autoimagem), com atribuição de valor. A medida que julgamos parte de nós mesmos como: “isso é bom” ou “isso não é bom”, ou ainda: “eu gosto dessa minha característica” ou “eu não gosto dessa minha característica”, definimos o quanto gostamos ou não de nossa autoimagem. Ou seja, o quanto “estimamos”, ou não, a nós mesmos.
Nessa atribuição de valor que fazemos de nossa autoimagem estão inclusas crenças centrais, crenças limitantes e emoções, podemos nos ver competentes ou incompetentes, confiantes ou cautelosos, etc., também as emoções podem valorar a nossa autoimagem, por exemplo: podemos nos sentir orgulhosos ou envergonhados, etc.
Em razão dessa valoração, podemos gostar e admirar ou não, da imagem que fazemos de nós mesmos (autoimagem). Ainda nessa escala de valor, encontramos outro componente da autoestima que é a autoaceitação.
A autoaceitação é muito parecida com autoestima, porém, como diz o próprio nome ela surge do fato de aceitarmos a nossa autoimagem como ela é, independentemente do valor intrínseco dessas nossas características. Por exemplo:
O indivíduo A pode pensar assim: “Sou um covarde, tenho medo de tudo, isso é horrível! Eu queria conseguir encarar meus medos. Sou um banana!”. Enquanto o indivíduo B pode pensar assim: “Sou muito medroso, tenho medo de quase tudo, mas o que posso fazer? Eu sou assim e pronto! Além disso, acredito que existe um aspecto positivo nisso, evito me expor a perigos desnecessários”.
Vantagens de uma autoestima positiva
O maior benefício de uma autoestima alta é a autoconfiança. A autoconfiança nasce da confiança que temos em nossas competências, capacidades, controle emocional e do quanto nos sentimos preparados. Um componente importante de nossa autoconfiança é a nossa inteligência emocional, ou seja, sabemos lidar ou não com nossas emoções? E mais, sabemos compreender e aceitar a posição dos outros? Procuramos nos colocar na situação do outro e entender seu ponto de vista?
A autoconfiança melhora a autoestima e a autoestima produz autoconfiança. Uma alimenta a outra simbiótica e constantemente.
Simplificando
Quanto maior e positiva for a nossa autoestima, maior o nosso bem-estar, satisfação pessoal e AUTOCONFIAÇA.
Autoestima alta: grande aceitação de nossa autoimagem e autoconfiança, gostar de si mesmo, coragem, iniciativa.
Autoestima baixa: não aceitação da autoimagem, não gostar de si mesmo, pouca confiança em suas capacidades e competências, sem coragem ou iniciativa.
É muito importante saber que não existe 100% de autoestima alta, assim como não existe 100% de autoestima baixa. Mesmo o indivíduo com um nível altíssimo de autoestima, pode ter algumas características de sua autoimagem das quais ele não gosta e não aceita. Também mesmo o indivíduo com a mais baixa autoestima que houvesse no mundo, teria alguma coisa em sua autoimagem que seria aceita por ele e da qual ele gostaria.
Melhore a sua autoestima e melhore o seu bem estar
Pessoas com a autoestima muito alta podem parecer arrogantes, mas são seguras! Podem ser levemente irresponsáveis, mas assumem seus erros! O excesso de auto estima pede levar a desprezar os fracos e menos dotados de valores comuns, mas dá generosidade e compaixão! Por outro lado, a autoestima muito baixa é causadora de insegurança generalizada, ansiedade, depressão, baixa resiliência, medos e até egoísmo.
Portanto, mesmo que o ideal seja estar sempre com a autoestima alta, é muito importante procurar equilibrar as atitudes para não serem confundidas com esnobação ou arrogância. Entretanto, não devemos esquecer que a autoestima em níveis elevados traz bem-estar, bom humor, saúde mental e física, compreensão, aceitação dos outros e ainda torna a pessoa pouco sensível as opiniões e ao julgamento dos outros, sobre seus atos ou sua forma de ser.
Para melhorar a autoestima
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Vista sua melhor roupa independente da ocasião e sinta-se sempre em uma ocasião especial.
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Aprenda a não falar “sim” para tudo e para todos.
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Aprenda a não deixar ninguém desvalorizar sua pessoa ou suas habilidades e competências, se não souber como, procure um psicólogo.
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Aprenda a não se importar com críticas gratuitas, feitas a sua pessoa ou a sua maneira de ser.
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Não tenha medo de contar para os outros as suas fraquezas. Ao contar para outros os seus pontos fracos, isso o tornará mais simpático, mais igual e, levados por esses sentimentos favoráveis, as pessoas tenderão a ajuda-lo a vencer essas suas fraquezas, muitas vezes ensinando truques que eles mesmos utilizaram para vencer fraquezas semelhantes.
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As críticas profissionais sobre seu trabalho devem partir de seus superiores, ou de colegas muito, mas muito mais experientes, de outras fontes, nem dê ouvidos.
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Procure executar tudo da melhor maneira, prepare-se bem para novas tarefas e desafios, isso aumentará sua autoconfiança e, consequentemente, sua autoestima.
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Melhore sua inteligência emocional, se não souber como faze-lo, procure um psicólogo.
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Aprenda a tirar proveito de seus pontos fracos. Não se envergonhe deles, aceite-os como uma qualidade a ser melhorada. E mais, quando precisar utiliza-los, aproveite para pedir ajuda. Você descobrirá os pontos francos dos outros e vai aceitar melhor os seus.
Certa vez em um trem em que Einstein viajava, um senhor aproximou-se dele com um bilhete e pediu que o lesse para ele pois estava com dificuldade para enxergar. Einstein respondeu-lhe prontamente que também tinha esquecido os óculos, então o senhor deu um grande sorriso e disse com cumplicidade: – “Não faz mal. Eu também não sei ler…”e
Que imagem você faz de si mesmo
Denival H Couto – Psicólogo e Terapeuta
CRP: 06/17.798
Tags: autoaceitação, autoconfiança, autoconhecimento, autoestima, Autoimagem Categorias: Auto Conhecimento
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