8 anos atrás · Denival Couto · 0 comentários
As neurociências estão mudando o mundo
A neurociência está auxiliando a Economia, a Psicologia, as Ciências Sociais, a Engenharia o Direito, a Arquitetura, o Marketing, a propaganda e muitas outras áreas e mudando a visão tradicional que temos dessas importantes ciências.
Alguns mais e outros menos, mas somos quase automatizados!
De vez em quando algum ramo da ciência faz com que desçamos do pedestal e lembremos de nossa condição humana: segundo a neurociência, somos, acima de tudo, seres biológicos!
Portanto, embora nós nos achamos superiores e racionais, nosso cérebro, como o dos animais em geral, funciona de acordo com os comandos biológicos de nossa espécie, priorizando a sobrevivência; a procriação; a preservação de nossos genes e de nosso bem estar geral. Sempre levados pelos instintos mais primitivos, mais do que possamos imaginar estamos sempre buscando o prazer e evitando a dor. Embora, na maioria das vezes, sejamos levados a acreditar que dominamos nossos pensamentos, nossas emoções e nossas ações, o que acontece é exatamente o contrário.
Somos escravos de nossos instintos e de nosso cérebro reptílico, que embora seja o mais primitivo, é o mais poderoso deles, (levando-se em conta a divisão feita pelos neurocientistas: cérebro racional, límbico e reptílico), é de lá que vem as nossas necessidades e motivações mais poderosas.
Segundo a pirâmide das necessidades de Maslow, um psicólogo que estudou a fundo esse tema, nossas necessidades e motivações mais poderosas são as fisiológicas e a de segurança. A exemplo disso podemos dizer que se estivermos perdidos em um deserto sem água a uns cinco dias, praticamente todo o resto de nossas motivações desaparecerão, ficando a necessidade de tomar água como a prioridade das prioridades. Excetuando-se o instinto de sobrevivência e de proteção de nossa prole, todo o resto se torna indiferente!
Querer não é poder
Imagine uma tábua de cinquenta metros de comprimento e quarenta centímetros de largura, colocada no chão e atravessando a rua indo de um prédio ao outro do outro lado da rua. Por ele estar no chão, se fosse pedido para você que andasse ou até corresse sobre ela de um lado para outro, você certamente o faria com relativa facilidade. Agora imagine essa mesma tábua colocada no último andar de cada um dos prédios e atravessando a rua a cento e cinquenta metros de altura, se fosse pedido a você que atravessasse de um prédio ao outro por ela, você o faria? Claro que não! A menos que você seja um equilibrista profissional ou esteja super acostumado a trabalhar nas alturas, você certamente cairia.
Porque isso acontece
Quando se está ao nível do chão, nosso sentimento é de indiferença. Andar sobre uma tábua de quarenta centímetros de largura sobre o chão, não oferece nenhum perigo. Seu pensamento seria: “eu posso, isso é fácil, dá até para correr”. Então, seu sentimento seria de absoluta segurança e sua ação seria dar o primeiro passo e andar tranquilamente sobre a tábua de forma segura.
Quando se está ao nível do topo dos prédios, andar sobre uma tábua de quarenta centímetros de largura a uma altura de cento e cinquenta metros, oferece perigo de morte. O pensamento óbvio seria: “eu não posso, não irei conseguir, vou ficar tonto e cair. Isto não é fácil”. As emoções imediatas seriam o medo e a insegurança e sua ação seria paralisada. Não daria o primeiro passo e não atravessaria pela tábua!
Observe que em nossas vidas tudo acontece da mesma forma que o exemplo acima: nosso comportamento sempre dependerá do pensamento e da emoção ou sentimento evocados pelo fato, ou melhor, pela percepção subjetiva do fato. Levando-se em conta nossas âncoras, o princípio da generalização, nosso aprendizado e o nosso sistema biológico, podemos dizer que a maioria de nossas decisões ou ações podem ser iniciadas por pensamentos automáticos, crenças limitantes e emoções que nos levam a comportamentos e ações involuntárias à cada um de nós.
Carpe Diem
Denival Couto – Psicólogo e Terapeuta
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